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Questão #528
Modo Avião
Por Pedro Guerra
01 A brevidade de todas as coisas me assusta. ___ anos falamos sobre a obsolescência
02 programada de produtos que são feitos com prazo de validade, incitando uma recompra, e
03 ultimamente temos insistido veementemente na ideia de que ninguém tem paciência pra nada.
04 Entretanto, mais urgente ainda, parece ser a questão de que hoje tudo é raso e tem uma vida
05 útil tão rápida que mal pode ser chamada de vida. Estamos vivendo em tempos de império
06 absoluto do efêmero.
07 Não faz muito que o conceito de “cancelamento” encontrou o dicionário popular. Fulano
08 comete um erro, beltrano publica (quase sempre na internet), e uma multidão de cicranos
09 massacram fulano até que haja uma nova pessoa para ser perseguida. Porém, este é um ciclo
10 breve, pois ninguém se lembra de quem foi cancelado semana passada porque todo mundo está
11 preocupado em cancelar o assunto do momento. Da mesma forma, ninguém se lembra da
12 subcelebridade que entrou para o hall da fama semana retrasada por algo tão trivial que somente
13 o brasileiro é capaz de dar protagonismo. De tempos em tempos, alimentamos fofocas a ponto
14 de inventar pessoas que não fizeram muito para estar onde estão — algo que tenho chamado
15 de ....eleiro dos Alucinados.
16 A história da passageira que se recusou a oferecer o assento na janela para uma criança e
17 que foi gravada e e....posta na internet é um bom exemplo. Prestes a atingir 3 milhões de
18 seguidores nas redes — a metade do que tem Fernanda Montenegro, por exemplo —, a anônima
19 que virou famosa de supetão colhe os frutos de uma sociedade que inventa heróis para viverem
20 o que não se tem coragem de viver. “Minha meta é ter a calma dessa mulher”, foi um dos
21 comentários mais curtidos no vídeo que viralizou recentemente.
22 A comparação de seguidores de uma subcelebridade cuja fama é passageira com uma atriz
23 com 80 anos de carreira como Fernanda Montenegro não é em vão. Até porque, a diferença é
24 justamente essa: 80 anos de construção de história que serão lembrados por muito tempo. Para
25 Fernanda, prazo de validade não existe — mesmo após a morte, ficará o legado. E o que vemos,
26 então, é um amontoado de pessoas que ganham visibilidade por dancinhas replicadas em massa,
27 rotinas compartilhadas sem o mínimo de fundamento, vivências sendo vendidas como “criação
28 de conteúdo” sendo que o conteúdo é inexistente.
29 Abraçamos o instantâneo porque, afinal, quem tem paciência (ou en....erga vantagens e
30 lucro) em criar um legado que é construído lentamente, mas que é sempre contínuo? Estamos
31 tão imersos no modo avião, desconectados das coisas relevantes e mirando holofotes em
32 referências que passam longe de uma solidez, que a cultura do instantâneo parece ser um
33 acalento, quando na verdade é uma armadilha. Basta ver: viralizar por conseguir dizer “não” é
34 simbólico e sintomático, um resumo impecável das faltas que existem dentro da gente.
(Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/pioneiro/colunistas/pedro-guerra/noticia/2024/12/modo-
aviao-cm4mwzdin019r0126jgaqd169.html – texto adaptado especialmente para esta prova).
Por Pedro Guerra
01 A brevidade de todas as coisas me assusta. ___ anos falamos sobre a obsolescência
02 programada de produtos que são feitos com prazo de validade, incitando uma recompra, e
03 ultimamente temos insistido veementemente na ideia de que ninguém tem paciência pra nada.
04 Entretanto, mais urgente ainda, parece ser a questão de que hoje tudo é raso e tem uma vida
05 útil tão rápida que mal pode ser chamada de vida. Estamos vivendo em tempos de império
06 absoluto do efêmero.
07 Não faz muito que o conceito de “cancelamento” encontrou o dicionário popular. Fulano
08 comete um erro, beltrano publica (quase sempre na internet), e uma multidão de cicranos
09 massacram fulano até que haja uma nova pessoa para ser perseguida. Porém, este é um ciclo
10 breve, pois ninguém se lembra de quem foi cancelado semana passada porque todo mundo está
11 preocupado em cancelar o assunto do momento. Da mesma forma, ninguém se lembra da
12 subcelebridade que entrou para o hall da fama semana retrasada por algo tão trivial que somente
13 o brasileiro é capaz de dar protagonismo. De tempos em tempos, alimentamos fofocas a ponto
14 de inventar pessoas que não fizeram muito para estar onde estão — algo que tenho chamado
15 de ....eleiro dos Alucinados.
16 A história da passageira que se recusou a oferecer o assento na janela para uma criança e
17 que foi gravada e e....posta na internet é um bom exemplo. Prestes a atingir 3 milhões de
18 seguidores nas redes — a metade do que tem Fernanda Montenegro, por exemplo —, a anônima
19 que virou famosa de supetão colhe os frutos de uma sociedade que inventa heróis para viverem
20 o que não se tem coragem de viver. “Minha meta é ter a calma dessa mulher”, foi um dos
21 comentários mais curtidos no vídeo que viralizou recentemente.
22 A comparação de seguidores de uma subcelebridade cuja fama é passageira com uma atriz
23 com 80 anos de carreira como Fernanda Montenegro não é em vão. Até porque, a diferença é
24 justamente essa: 80 anos de construção de história que serão lembrados por muito tempo. Para
25 Fernanda, prazo de validade não existe — mesmo após a morte, ficará o legado. E o que vemos,
26 então, é um amontoado de pessoas que ganham visibilidade por dancinhas replicadas em massa,
27 rotinas compartilhadas sem o mínimo de fundamento, vivências sendo vendidas como “criação
28 de conteúdo” sendo que o conteúdo é inexistente.
29 Abraçamos o instantâneo porque, afinal, quem tem paciência (ou en....erga vantagens e
30 lucro) em criar um legado que é construído lentamente, mas que é sempre contínuo? Estamos
31 tão imersos no modo avião, desconectados das coisas relevantes e mirando holofotes em
32 referências que passam longe de uma solidez, que a cultura do instantâneo parece ser um
33 acalento, quando na verdade é uma armadilha. Basta ver: viralizar por conseguir dizer “não” é
34 simbólico e sintomático, um resumo impecável das faltas que existem dentro da gente.
(Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/pioneiro/colunistas/pedro-guerra/noticia/2024/12/modo-
aviao-cm4mwzdin019r0126jgaqd169.html – texto adaptado especialmente para esta prova).
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna tracejada na linha 01 de
forma que a expressão indique tempo transcorrido.
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Questão #486
TEXTO I
Setembro lilás e o direito a uma chance
Laura Brito
O setembro lilás nos convoca a um mês de
conscientização da doença de Alzheimer e outros
tipos de demência. Se você que me lê pensa que é só
mais um mês ou só mais uma cor, peço um pouco de
atenção aos números de demência no Brasil.
Em 2024, o Ministério da Saúde divulgou o Relatório
Nacional sobre a Demência: Epidemiologia,
(re)conhecimento e projeções futuras e o estudo
mostrou que cerca de 8,5% da população com 60 anos
ou mais convivem com algum tipo de demência, o
que representa cerca de 1,8 milhão de casos. Até
2050, a projeção é que 5,7 milhões de pessoas sejam
diagnosticadas no Brasil.
Isso significa que muitas pessoas à sua volta estão
vivendo com demência e algumas delas não têm
sequer a chance de saber, muito menos de se tratar.
Isso se dá por uma sequência de obstáculos:
resistência da família, falta de especialização médica
e desconsideração do tratamento prescrito. Tudo isso
pode ser melhorado por meio de conscientização.
Sobre a resistência de família, é preciso que as
pessoas saibam que falta de memória recente não é
comum na velhice, nem motivo de brincadeiras. Se
uma pessoa próxima está tendo dificuldade de se
lembrar de algo que fez há pouco, é hora de enfrentar
o tabu e dizer: vamos buscar um médico. Receber o
diagnóstico de Alzheimer não é o problema. O
problema é a demência estar lá e todo mundo fingir
que não vê.
Como o aumento da longevidade e o consequente
crescimento dos casos de demência são recentes,
obter um diagnóstico preciso para uma situação de
declínio cognitivo ainda é difícil. Por isso, vale a
conscientização de que buscar um profissional
especializado, sempre que possível, é uma chance
importante para um manejo adequado das
manifestações. A doença de Alzheimer não tem cura,
mas tem tratamentos que visam estabilizar os
sintomas e diminuir o ritmo da progressão da doença.
Obtido o diagnóstico, é preciso, dentro das
possibilidades da família, cumprir o plano de
tratamento prescrito. Além de medicação, há
reabilitação cognitiva, terapia ocupacional,
estimulação social e física e adaptações no ambiente.
A abordagem multidisciplinar é muito importante.
Sabemos que nem sempre é possível cumprir toda
essa agenda de tratamento. Mas é essencial que se
vença uma noção bastante arraigada de que a
medicação – especialmente as mais comumente
prescritas para agitação – é suficiente para
administrar o Alzheimer.
A conscientização dos sintomas e da importância do
diagnóstico precoce também é uma chance de
planejamento jurídico do envelhecimento e do avanço
dos sintomas da demência. Uma pessoa que recebe o
diagnóstico de Alzheimer quando o declínio
cognitivo é inicial e ainda não lhe tirou a capacidade
pode tomar uma série de decisões para a sua vida e o
seu patrimônio. Se a família resiste ou não tem
informações para reconhecer os sintomas que já
começaram a se instalar, a pessoa perde a chance de
exercer sua autodeterminação e tomar providências
que poderiam mudar a sua vida.
Essa pessoa pode, por exemplo, liquidar uma parte de
seu patrimônio imobilizado para ter dinheiro em
aplicações de fácil resgate, que lhe permita ter acesso
a conforto e autonomia. Ela pode fazer um
testamento, designando quem deve ficar com seus
bens ou sobre remuneração de serviços prestados a
ela, por ocasião da doença de que faleceu, ainda que
fique ao arbítrio do herdeiro ou de outrem determinar
o valor do legado.
Contudo, depois que os sintomas da demência
avançam, desaparecem as chances de que a pessoa
desafiada por ela pudesse manifestar seus desejos.
Também nesse ponto a conscientização pregada pelo
setembro lilás é tão importante.
Nesse sentido, quando o Alzheimer já fez instalar um
declínio cognitivo avançado, o remédio jurídico é a
curatela, por meio do que uma pessoa próxima será
nomeada representante de quem está vulnerável. Não
adianta procuração, não adianta ter cartão e senha.
O que organiza as responsabilidades em relação a
uma pessoa com demência é o processo de interdição.
A curatela não incapacita ninguém – o Alzheimer,
sim. A curatela, na realidade, organiza e centraliza a
gestão dos cuidados e das finanças da pessoa
curatelada.
Precisamos falar sobre demência e sobre Alzheimer.
Precisamos vencer o medo desconhecido, do que não
tem cura. Fechar os olhos não faz com que o
Alzheimer desapareça, só faz com que as pessoas
percam chances importantes de tratamento e tomada
de decisão.
Setembro lilás e o direito a uma chance
Laura Brito
O setembro lilás nos convoca a um mês de
conscientização da doença de Alzheimer e outros
tipos de demência. Se você que me lê pensa que é só
mais um mês ou só mais uma cor, peço um pouco de
atenção aos números de demência no Brasil.
Em 2024, o Ministério da Saúde divulgou o Relatório
Nacional sobre a Demência: Epidemiologia,
(re)conhecimento e projeções futuras e o estudo
mostrou que cerca de 8,5% da população com 60 anos
ou mais convivem com algum tipo de demência, o
que representa cerca de 1,8 milhão de casos. Até
2050, a projeção é que 5,7 milhões de pessoas sejam
diagnosticadas no Brasil.
Isso significa que muitas pessoas à sua volta estão
vivendo com demência e algumas delas não têm
sequer a chance de saber, muito menos de se tratar.
Isso se dá por uma sequência de obstáculos:
resistência da família, falta de especialização médica
e desconsideração do tratamento prescrito. Tudo isso
pode ser melhorado por meio de conscientização.
Sobre a resistência de família, é preciso que as
pessoas saibam que falta de memória recente não é
comum na velhice, nem motivo de brincadeiras. Se
uma pessoa próxima está tendo dificuldade de se
lembrar de algo que fez há pouco, é hora de enfrentar
o tabu e dizer: vamos buscar um médico. Receber o
diagnóstico de Alzheimer não é o problema. O
problema é a demência estar lá e todo mundo fingir
que não vê.
Como o aumento da longevidade e o consequente
crescimento dos casos de demência são recentes,
obter um diagnóstico preciso para uma situação de
declínio cognitivo ainda é difícil. Por isso, vale a
conscientização de que buscar um profissional
especializado, sempre que possível, é uma chance
importante para um manejo adequado das
manifestações. A doença de Alzheimer não tem cura,
mas tem tratamentos que visam estabilizar os
sintomas e diminuir o ritmo da progressão da doença.
Obtido o diagnóstico, é preciso, dentro das
possibilidades da família, cumprir o plano de
tratamento prescrito. Além de medicação, há
reabilitação cognitiva, terapia ocupacional,
estimulação social e física e adaptações no ambiente.
A abordagem multidisciplinar é muito importante.
Sabemos que nem sempre é possível cumprir toda
essa agenda de tratamento. Mas é essencial que se
vença uma noção bastante arraigada de que a
medicação – especialmente as mais comumente
prescritas para agitação – é suficiente para
administrar o Alzheimer.
A conscientização dos sintomas e da importância do
diagnóstico precoce também é uma chance de
planejamento jurídico do envelhecimento e do avanço
dos sintomas da demência. Uma pessoa que recebe o
diagnóstico de Alzheimer quando o declínio
cognitivo é inicial e ainda não lhe tirou a capacidade
pode tomar uma série de decisões para a sua vida e o
seu patrimônio. Se a família resiste ou não tem
informações para reconhecer os sintomas que já
começaram a se instalar, a pessoa perde a chance de
exercer sua autodeterminação e tomar providências
que poderiam mudar a sua vida.
Essa pessoa pode, por exemplo, liquidar uma parte de
seu patrimônio imobilizado para ter dinheiro em
aplicações de fácil resgate, que lhe permita ter acesso
a conforto e autonomia. Ela pode fazer um
testamento, designando quem deve ficar com seus
bens ou sobre remuneração de serviços prestados a
ela, por ocasião da doença de que faleceu, ainda que
fique ao arbítrio do herdeiro ou de outrem determinar
o valor do legado.
Contudo, depois que os sintomas da demência
avançam, desaparecem as chances de que a pessoa
desafiada por ela pudesse manifestar seus desejos.
Também nesse ponto a conscientização pregada pelo
setembro lilás é tão importante.
Nesse sentido, quando o Alzheimer já fez instalar um
declínio cognitivo avançado, o remédio jurídico é a
curatela, por meio do que uma pessoa próxima será
nomeada representante de quem está vulnerável. Não
adianta procuração, não adianta ter cartão e senha.
O que organiza as responsabilidades em relação a
uma pessoa com demência é o processo de interdição.
A curatela não incapacita ninguém – o Alzheimer,
sim. A curatela, na realidade, organiza e centraliza a
gestão dos cuidados e das finanças da pessoa
curatelada.
Precisamos falar sobre demência e sobre Alzheimer.
Precisamos vencer o medo desconhecido, do que não
tem cura. Fechar os olhos não faz com que o
Alzheimer desapareça, só faz com que as pessoas
percam chances importantes de tratamento e tomada
de decisão.
O termo “se” pode apresentar significados e
efeitos de sentido diversos de acordo com a
construção em que está inserido. Observe o trecho
do texto:
“Se uma pessoa próxima está tendo dificuldade de
se lembrar de algo que fez há pouco, é hora de
enfrentar o tabu e dizer: vamos buscar um
médico.”
Nesse caso, o emprego do “se” introduz uma
ideia de:
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Questão #487
TEXTO I
Setembro lilás e o direito a uma chance
Laura Brito
O setembro lilás nos convoca a um mês de
conscientização da doença de Alzheimer e outros
tipos de demência. Se você que me lê pensa que é só
mais um mês ou só mais uma cor, peço um pouco de
atenção aos números de demência no Brasil.
Em 2024, o Ministério da Saúde divulgou o Relatório
Nacional sobre a Demência: Epidemiologia,
(re)conhecimento e projeções futuras e o estudo
mostrou que cerca de 8,5% da população com 60 anos
ou mais convivem com algum tipo de demência, o
que representa cerca de 1,8 milhão de casos. Até
2050, a projeção é que 5,7 milhões de pessoas sejam
diagnosticadas no Brasil.
Isso significa que muitas pessoas à sua volta estão
vivendo com demência e algumas delas não têm
sequer a chance de saber, muito menos de se tratar.
Isso se dá por uma sequência de obstáculos:
resistência da família, falta de especialização médica
e desconsideração do tratamento prescrito. Tudo isso
pode ser melhorado por meio de conscientização.
Sobre a resistência de família, é preciso que as
pessoas saibam que falta de memória recente não é
comum na velhice, nem motivo de brincadeiras. Se
uma pessoa próxima está tendo dificuldade de se
lembrar de algo que fez há pouco, é hora de enfrentar
o tabu e dizer: vamos buscar um médico. Receber o
diagnóstico de Alzheimer não é o problema. O
problema é a demência estar lá e todo mundo fingir
que não vê.
Como o aumento da longevidade e o consequente
crescimento dos casos de demência são recentes,
obter um diagnóstico preciso para uma situação de
declínio cognitivo ainda é difícil. Por isso, vale a
conscientização de que buscar um profissional
especializado, sempre que possível, é uma chance
importante para um manejo adequado das
manifestações. A doença de Alzheimer não tem cura,
mas tem tratamentos que visam estabilizar os
sintomas e diminuir o ritmo da progressão da doença.
Obtido o diagnóstico, é preciso, dentro das
possibilidades da família, cumprir o plano de
tratamento prescrito. Além de medicação, há
reabilitação cognitiva, terapia ocupacional,
estimulação social e física e adaptações no ambiente.
A abordagem multidisciplinar é muito importante.
Sabemos que nem sempre é possível cumprir toda
essa agenda de tratamento. Mas é essencial que se
vença uma noção bastante arraigada de que a
medicação – especialmente as mais comumente
prescritas para agitação – é suficiente para
administrar o Alzheimer.
A conscientização dos sintomas e da importância do
diagnóstico precoce também é uma chance de
planejamento jurídico do envelhecimento e do avanço
dos sintomas da demência. Uma pessoa que recebe o
diagnóstico de Alzheimer quando o declínio
cognitivo é inicial e ainda não lhe tirou a capacidade
pode tomar uma série de decisões para a sua vida e o
seu patrimônio. Se a família resiste ou não tem
informações para reconhecer os sintomas que já
começaram a se instalar, a pessoa perde a chance de
exercer sua autodeterminação e tomar providências
que poderiam mudar a sua vida.
Essa pessoa pode, por exemplo, liquidar uma parte de
seu patrimônio imobilizado para ter dinheiro em
aplicações de fácil resgate, que lhe permita ter acesso
a conforto e autonomia. Ela pode fazer um
testamento, designando quem deve ficar com seus
bens ou sobre remuneração de serviços prestados a
ela, por ocasião da doença de que faleceu, ainda que
fique ao arbítrio do herdeiro ou de outrem determinar
o valor do legado.
Contudo, depois que os sintomas da demência
avançam, desaparecem as chances de que a pessoa
desafiada por ela pudesse manifestar seus desejos.
Também nesse ponto a conscientização pregada pelo
setembro lilás é tão importante.
Nesse sentido, quando o Alzheimer já fez instalar um
declínio cognitivo avançado, o remédio jurídico é a
curatela, por meio do que uma pessoa próxima será
nomeada representante de quem está vulnerável. Não
adianta procuração, não adianta ter cartão e senha.
O que organiza as responsabilidades em relação a
uma pessoa com demência é o processo de interdição.
A curatela não incapacita ninguém – o Alzheimer,
sim. A curatela, na realidade, organiza e centraliza a
gestão dos cuidados e das finanças da pessoa
curatelada.
Precisamos falar sobre demência e sobre Alzheimer.
Precisamos vencer o medo desconhecido, do que não
tem cura. Fechar os olhos não faz com que o
Alzheimer desapareça, só faz com que as pessoas
percam chances importantes de tratamento e tomada
de decisão.
Setembro lilás e o direito a uma chance
Laura Brito
O setembro lilás nos convoca a um mês de
conscientização da doença de Alzheimer e outros
tipos de demência. Se você que me lê pensa que é só
mais um mês ou só mais uma cor, peço um pouco de
atenção aos números de demência no Brasil.
Em 2024, o Ministério da Saúde divulgou o Relatório
Nacional sobre a Demência: Epidemiologia,
(re)conhecimento e projeções futuras e o estudo
mostrou que cerca de 8,5% da população com 60 anos
ou mais convivem com algum tipo de demência, o
que representa cerca de 1,8 milhão de casos. Até
2050, a projeção é que 5,7 milhões de pessoas sejam
diagnosticadas no Brasil.
Isso significa que muitas pessoas à sua volta estão
vivendo com demência e algumas delas não têm
sequer a chance de saber, muito menos de se tratar.
Isso se dá por uma sequência de obstáculos:
resistência da família, falta de especialização médica
e desconsideração do tratamento prescrito. Tudo isso
pode ser melhorado por meio de conscientização.
Sobre a resistência de família, é preciso que as
pessoas saibam que falta de memória recente não é
comum na velhice, nem motivo de brincadeiras. Se
uma pessoa próxima está tendo dificuldade de se
lembrar de algo que fez há pouco, é hora de enfrentar
o tabu e dizer: vamos buscar um médico. Receber o
diagnóstico de Alzheimer não é o problema. O
problema é a demência estar lá e todo mundo fingir
que não vê.
Como o aumento da longevidade e o consequente
crescimento dos casos de demência são recentes,
obter um diagnóstico preciso para uma situação de
declínio cognitivo ainda é difícil. Por isso, vale a
conscientização de que buscar um profissional
especializado, sempre que possível, é uma chance
importante para um manejo adequado das
manifestações. A doença de Alzheimer não tem cura,
mas tem tratamentos que visam estabilizar os
sintomas e diminuir o ritmo da progressão da doença.
Obtido o diagnóstico, é preciso, dentro das
possibilidades da família, cumprir o plano de
tratamento prescrito. Além de medicação, há
reabilitação cognitiva, terapia ocupacional,
estimulação social e física e adaptações no ambiente.
A abordagem multidisciplinar é muito importante.
Sabemos que nem sempre é possível cumprir toda
essa agenda de tratamento. Mas é essencial que se
vença uma noção bastante arraigada de que a
medicação – especialmente as mais comumente
prescritas para agitação – é suficiente para
administrar o Alzheimer.
A conscientização dos sintomas e da importância do
diagnóstico precoce também é uma chance de
planejamento jurídico do envelhecimento e do avanço
dos sintomas da demência. Uma pessoa que recebe o
diagnóstico de Alzheimer quando o declínio
cognitivo é inicial e ainda não lhe tirou a capacidade
pode tomar uma série de decisões para a sua vida e o
seu patrimônio. Se a família resiste ou não tem
informações para reconhecer os sintomas que já
começaram a se instalar, a pessoa perde a chance de
exercer sua autodeterminação e tomar providências
que poderiam mudar a sua vida.
Essa pessoa pode, por exemplo, liquidar uma parte de
seu patrimônio imobilizado para ter dinheiro em
aplicações de fácil resgate, que lhe permita ter acesso
a conforto e autonomia. Ela pode fazer um
testamento, designando quem deve ficar com seus
bens ou sobre remuneração de serviços prestados a
ela, por ocasião da doença de que faleceu, ainda que
fique ao arbítrio do herdeiro ou de outrem determinar
o valor do legado.
Contudo, depois que os sintomas da demência
avançam, desaparecem as chances de que a pessoa
desafiada por ela pudesse manifestar seus desejos.
Também nesse ponto a conscientização pregada pelo
setembro lilás é tão importante.
Nesse sentido, quando o Alzheimer já fez instalar um
declínio cognitivo avançado, o remédio jurídico é a
curatela, por meio do que uma pessoa próxima será
nomeada representante de quem está vulnerável. Não
adianta procuração, não adianta ter cartão e senha.
O que organiza as responsabilidades em relação a
uma pessoa com demência é o processo de interdição.
A curatela não incapacita ninguém – o Alzheimer,
sim. A curatela, na realidade, organiza e centraliza a
gestão dos cuidados e das finanças da pessoa
curatelada.
Precisamos falar sobre demência e sobre Alzheimer.
Precisamos vencer o medo desconhecido, do que não
tem cura. Fechar os olhos não faz com que o
Alzheimer desapareça, só faz com que as pessoas
percam chances importantes de tratamento e tomada
de decisão.
Os vocábulos “diagnóstico” e “médico” são
acentuados devido a mesma justificativa.
O mesmo ocorre com o par de palavras
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Questão #686
Quando da tragédia brotam heróis e lições
01 Ninguém seria capaz de imaginar tudo o que viveríamos naqueles dias, há exatamente
02 um ano. O maio de 2024 ficará para sempre na memória de todos os gaúchos – e muito além
03 de nós. O ímpeto implacável das águas, a fúria imbatível da natureza, o pavor incrédulo nas
04 retinas. O caos, tão incontrolável quanto pavorosamente banal, numa calamidade desgovernada
05 de assombrosas surpresas. Notícias trágicas em série, impensáveis, parecendo sair de um filme
06 de ficção sobre o apocalipse. Cenas de desespero e dor. O ruir repentino de tudo o que
07 julgávamos inatin....ível até então. Construções e pontes desabando feito frágeis castelos de
08 cartas. Rios mudando seus cursos e devorando cidades. Morros e florestas vindo abaixo como
09 se derretessem. Histórias e memórias e conquistas sendo apagadas como se fossem nada e
10 nunca. Dias de medo. Dias de mortes. Dias de horror.
11 Mas eis que, da tragédia e das lágrimas que inundam tudo sob fero....es águas barrentas,
12 surgem almas. Braços. Barcos, abraços e corações. Surge a entrega de heróis anônimos, que
13 brotam em abundância de um sentimento de solidariedade jamais visto. Seres humanos
14 iluminados que largam suas vidas para se dedicar ___ ações de solidariedade e resgate. Os
15 integrantes das forças de segurança pública de todo o estado, mesmo as centenas afetadas em
16 suas casas e suas vidas pela tragédia, se lançam ___ missão de salvar vidas. Todas as vidas. E
17 proteger patrimônios. Porque, infelizmente, algumas mentes podres aproveitaram o momento
18 de desespero para roubar e depredar, para cometer violências tão absurdas que uma legislação
19 específica deveria punir, mas de forma exemplar e irrecorrível, por ser esta uma crueldade
20 monstruosa: aproveitar-se e explorar a fragilidade e a dor dos seus semelhantes em meio ao
21 caos.
22 Forças de segurança de outros estados vieram em peso ajudar os nossos. Civis, em
23 grupos ou isoladamente, de todo o Brasil e até do exterior largaram tudo e vieram se engajar
24 na missão de salvar vidas e proteger cidadanias. Cargas de doações incontáveis venceram
25 estradas destruídas e chegaram onde houvesse alguém precisando. A tragédia nos ensinava que
26 a natureza jamais se submete ao homem e pode se rebelar quando bem entender. Mas nos
27 ensinava também que nós, humanos, ainda temos um belíssimo lado bom, que sabe ser solidário
28 e resiliente. Que sabe ter extrema garra, coragem e bravura irmanadas a uma gigantesca e
29 afetuosa dedicação ao próximo. Que sabe renunciar ___ tudo o que é seu apenas para que o
30 outro possa aliviar a sua dor e sorrir. A tragédia nos arrancou pontes, levou casas e plantações,
31 tirou vidas de entes queridos. Mas também fez flore....er, no exemplo daqueles dias fatídicos,
32 um jardim de heroísmo, amor e solidariedade jamais vistos.
01 Ninguém seria capaz de imaginar tudo o que viveríamos naqueles dias, há exatamente
02 um ano. O maio de 2024 ficará para sempre na memória de todos os gaúchos – e muito além
03 de nós. O ímpeto implacável das águas, a fúria imbatível da natureza, o pavor incrédulo nas
04 retinas. O caos, tão incontrolável quanto pavorosamente banal, numa calamidade desgovernada
05 de assombrosas surpresas. Notícias trágicas em série, impensáveis, parecendo sair de um filme
06 de ficção sobre o apocalipse. Cenas de desespero e dor. O ruir repentino de tudo o que
07 julgávamos inatin....ível até então. Construções e pontes desabando feito frágeis castelos de
08 cartas. Rios mudando seus cursos e devorando cidades. Morros e florestas vindo abaixo como
09 se derretessem. Histórias e memórias e conquistas sendo apagadas como se fossem nada e
10 nunca. Dias de medo. Dias de mortes. Dias de horror.
11 Mas eis que, da tragédia e das lágrimas que inundam tudo sob fero....es águas barrentas,
12 surgem almas. Braços. Barcos, abraços e corações. Surge a entrega de heróis anônimos, que
13 brotam em abundância de um sentimento de solidariedade jamais visto. Seres humanos
14 iluminados que largam suas vidas para se dedicar ___ ações de solidariedade e resgate. Os
15 integrantes das forças de segurança pública de todo o estado, mesmo as centenas afetadas em
16 suas casas e suas vidas pela tragédia, se lançam ___ missão de salvar vidas. Todas as vidas. E
17 proteger patrimônios. Porque, infelizmente, algumas mentes podres aproveitaram o momento
18 de desespero para roubar e depredar, para cometer violências tão absurdas que uma legislação
19 específica deveria punir, mas de forma exemplar e irrecorrível, por ser esta uma crueldade
20 monstruosa: aproveitar-se e explorar a fragilidade e a dor dos seus semelhantes em meio ao
21 caos.
22 Forças de segurança de outros estados vieram em peso ajudar os nossos. Civis, em
23 grupos ou isoladamente, de todo o Brasil e até do exterior largaram tudo e vieram se engajar
24 na missão de salvar vidas e proteger cidadanias. Cargas de doações incontáveis venceram
25 estradas destruídas e chegaram onde houvesse alguém precisando. A tragédia nos ensinava que
26 a natureza jamais se submete ao homem e pode se rebelar quando bem entender. Mas nos
27 ensinava também que nós, humanos, ainda temos um belíssimo lado bom, que sabe ser solidário
28 e resiliente. Que sabe ter extrema garra, coragem e bravura irmanadas a uma gigantesca e
29 afetuosa dedicação ao próximo. Que sabe renunciar ___ tudo o que é seu apenas para que o
30 outro possa aliviar a sua dor e sorrir. A tragédia nos arrancou pontes, levou casas e plantações,
31 tirou vidas de entes queridos. Mas também fez flore....er, no exemplo daqueles dias fatídicos,
32 um jardim de heroísmo, amor e solidariedade jamais vistos.
Considerando a ortografia das palavras em Língua Portuguesa, assinale a alternativa
que preenche, correta e respectivamente, as lacunas pontilhadas das linhas 07, 11 e 31.
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Questão #754
Creio na liberdade, esse vínculo entre o homem e a eternidade,
essa condição indispensável para situar o ser à imagem e
semelhança de seu criador.
Sobre o significado e a estruturação dessa frase, assinale a
afirmação correta.
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Questão #495
TEXTO III
Versos íntimos
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão – esta pantera –
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
Versos íntimos
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão – esta pantera –
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
“Acostuma-te à lama que te espera!”
Assinale a alternativa que apresenta a classificação
CORRETA do verbo sublinhado:
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Questão #898
Com base no trecho “Quando tratamos de inverdades a
respeito da vacina, isso pode colocar a vida de pessoas em risco.
Nós estamos vivendo em um mundo em transformação, com alta
carga de informações compartilhadas. É um mundo onde nós
estamos tendo acesso a uma forma muito violenta à informação
sem regras” (linhas 56-62), analise as assertivas a seguir:
I. As orações são construídas em três períodos compostos
por coordenação.
II. No primeiro período composto por subordinação, a
oração subordinada tem valor adverbial.
III. Há um período composto por coordenação, e dois por
subordinação.
IV. No período composto por coordenação, o sujeito da
primeira oração refere-se ao grupo de pesquisadores da
USP.
É correto o que se afirma em
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Questão #391
Assinale a alternativa em que a expressão que tem { }
valor de adjetivo.
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Questão #149
Na formação da palavra “reconhecimento”,
observa-se o elemento inicial “re-“, denominado
prefixo, que pode significar “movimento para trás,
repetição, reciprocidade, intensidade”. Considerando o
estágio atual da Língua Portuguesa, indique, dentre as
opções abaixo, o substantivo que contém esse prefixo.
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Questão #687
Quando da tragédia brotam heróis e lições
01 Ninguém seria capaz de imaginar tudo o que viveríamos naqueles dias, há exatamente
02 um ano. O maio de 2024 ficará para sempre na memória de todos os gaúchos – e muito além
03 de nós. O ímpeto implacável das águas, a fúria imbatível da natureza, o pavor incrédulo nas
04 retinas. O caos, tão incontrolável quanto pavorosamente banal, numa calamidade desgovernada
05 de assombrosas surpresas. Notícias trágicas em série, impensáveis, parecendo sair de um filme
06 de ficção sobre o apocalipse. Cenas de desespero e dor. O ruir repentino de tudo o que
07 julgávamos inatin....ível até então. Construções e pontes desabando feito frágeis castelos de
08 cartas. Rios mudando seus cursos e devorando cidades. Morros e florestas vindo abaixo como
09 se derretessem. Histórias e memórias e conquistas sendo apagadas como se fossem nada e
10 nunca. Dias de medo. Dias de mortes. Dias de horror.
11 Mas eis que, da tragédia e das lágrimas que inundam tudo sob fero....es águas barrentas,
12 surgem almas. Braços. Barcos, abraços e corações. Surge a entrega de heróis anônimos, que
13 brotam em abundância de um sentimento de solidariedade jamais visto. Seres humanos
14 iluminados que largam suas vidas para se dedicar ___ ações de solidariedade e resgate. Os
15 integrantes das forças de segurança pública de todo o estado, mesmo as centenas afetadas em
16 suas casas e suas vidas pela tragédia, se lançam ___ missão de salvar vidas. Todas as vidas. E
17 proteger patrimônios. Porque, infelizmente, algumas mentes podres aproveitaram o momento
18 de desespero para roubar e depredar, para cometer violências tão absurdas que uma legislação
19 específica deveria punir, mas de forma exemplar e irrecorrível, por ser esta uma crueldade
20 monstruosa: aproveitar-se e explorar a fragilidade e a dor dos seus semelhantes em meio ao
21 caos.
22 Forças de segurança de outros estados vieram em peso ajudar os nossos. Civis, em
23 grupos ou isoladamente, de todo o Brasil e até do exterior largaram tudo e vieram se engajar
24 na missão de salvar vidas e proteger cidadanias. Cargas de doações incontáveis venceram
25 estradas destruídas e chegaram onde houvesse alguém precisando. A tragédia nos ensinava que
26 a natureza jamais se submete ao homem e pode se rebelar quando bem entender. Mas nos
27 ensinava também que nós, humanos, ainda temos um belíssimo lado bom, que sabe ser solidário
28 e resiliente. Que sabe ter extrema garra, coragem e bravura irmanadas a uma gigantesca e
29 afetuosa dedicação ao próximo. Que sabe renunciar ___ tudo o que é seu apenas para que o
30 outro possa aliviar a sua dor e sorrir. A tragédia nos arrancou pontes, levou casas e plantações,
31 tirou vidas de entes queridos. Mas também fez flore....er, no exemplo daqueles dias fatídicos,
32 um jardim de heroísmo, amor e solidariedade jamais vistos.
01 Ninguém seria capaz de imaginar tudo o que viveríamos naqueles dias, há exatamente
02 um ano. O maio de 2024 ficará para sempre na memória de todos os gaúchos – e muito além
03 de nós. O ímpeto implacável das águas, a fúria imbatível da natureza, o pavor incrédulo nas
04 retinas. O caos, tão incontrolável quanto pavorosamente banal, numa calamidade desgovernada
05 de assombrosas surpresas. Notícias trágicas em série, impensáveis, parecendo sair de um filme
06 de ficção sobre o apocalipse. Cenas de desespero e dor. O ruir repentino de tudo o que
07 julgávamos inatin....ível até então. Construções e pontes desabando feito frágeis castelos de
08 cartas. Rios mudando seus cursos e devorando cidades. Morros e florestas vindo abaixo como
09 se derretessem. Histórias e memórias e conquistas sendo apagadas como se fossem nada e
10 nunca. Dias de medo. Dias de mortes. Dias de horror.
11 Mas eis que, da tragédia e das lágrimas que inundam tudo sob fero....es águas barrentas,
12 surgem almas. Braços. Barcos, abraços e corações. Surge a entrega de heróis anônimos, que
13 brotam em abundância de um sentimento de solidariedade jamais visto. Seres humanos
14 iluminados que largam suas vidas para se dedicar ___ ações de solidariedade e resgate. Os
15 integrantes das forças de segurança pública de todo o estado, mesmo as centenas afetadas em
16 suas casas e suas vidas pela tragédia, se lançam ___ missão de salvar vidas. Todas as vidas. E
17 proteger patrimônios. Porque, infelizmente, algumas mentes podres aproveitaram o momento
18 de desespero para roubar e depredar, para cometer violências tão absurdas que uma legislação
19 específica deveria punir, mas de forma exemplar e irrecorrível, por ser esta uma crueldade
20 monstruosa: aproveitar-se e explorar a fragilidade e a dor dos seus semelhantes em meio ao
21 caos.
22 Forças de segurança de outros estados vieram em peso ajudar os nossos. Civis, em
23 grupos ou isoladamente, de todo o Brasil e até do exterior largaram tudo e vieram se engajar
24 na missão de salvar vidas e proteger cidadanias. Cargas de doações incontáveis venceram
25 estradas destruídas e chegaram onde houvesse alguém precisando. A tragédia nos ensinava que
26 a natureza jamais se submete ao homem e pode se rebelar quando bem entender. Mas nos
27 ensinava também que nós, humanos, ainda temos um belíssimo lado bom, que sabe ser solidário
28 e resiliente. Que sabe ter extrema garra, coragem e bravura irmanadas a uma gigantesca e
29 afetuosa dedicação ao próximo. Que sabe renunciar ___ tudo o que é seu apenas para que o
30 outro possa aliviar a sua dor e sorrir. A tragédia nos arrancou pontes, levou casas e plantações,
31 tirou vidas de entes queridos. Mas também fez flore....er, no exemplo daqueles dias fatídicos,
32 um jardim de heroísmo, amor e solidariedade jamais vistos.
Analise o emprego das locuções conjuntivas sublinhadas nos trechos a seguir,
retirados do texto-base:
1. “[...] tão incontrolável quanto pavorosamente banal” (l. 04).
2. “[...] para cometer violências tão absurdas que uma legislação específica deveria punir” (l. 18-19).
3. “Mas também fez flore....er, no exemplo daqueles dias fatídicos, um jardim de heroísmo”
(l. 31-32).
Assinale a alternativa que apresenta, correta e respectivamente, o sentido correto do emprego das
locuções em 1, 2 e 3.
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Questão #347
I - O carro ficou no ________.
II - O ________ será hoje no teatro municipal.
III - Ele estava querendo me ________ porque eu
estava cinco minutos atrasado.
IV - Precisei _____ o produto.
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Questão #837
As células do cérebro não envelhecem
Hoje eu quero contar para vocês sobre um estudo inovador
realizado na Columbia University, que confirma que as células
cerebrais não envelhecem.
Na verdade, o que se descobriu é que você tem exatamente
o mesmo número de células nervosas (ou neurônios) quando
jovem.
Isso foi admitido inclusive como certo pelo diretor do Instituto
Nacional de Saúde dos EUA.
Eles provaram que o cérebro pode continuar criando novos
neurônios para sempre.
Portanto, a velha teoria de que cérebros humanos não podem
construir novos neurônios cai por terra!
Então, por que ocorre o declínio mental?
O que ocorre, na verdade, é que não é o número de células
do seu cérebro que diminui, mas sim o número de células-tronco
cerebrais e os vasos sanguíneos que as alimentam que diminuem.
Os cientistas da Columbia estudaram cérebros doados
por pessoas idosas que morreram de causas naturais. Eles
descobriram que os cérebros dos idosos tinham a mesma
quantidade de novos neurônios que os jovens.
Além disso, eles também encontraram um número menor de
células-tronco inativas, ou "quiescentes", em uma área do cérebro
ligada à resistência cognitivo-emocional.
Trata-se das nossas forças de reserva que alimentam nossa
capacidade de aprender e se adaptar. [...]
Hoje eu quero contar para vocês sobre um estudo inovador
realizado na Columbia University, que confirma que as células
cerebrais não envelhecem.
Na verdade, o que se descobriu é que você tem exatamente
o mesmo número de células nervosas (ou neurônios) quando
jovem.
Isso foi admitido inclusive como certo pelo diretor do Instituto
Nacional de Saúde dos EUA.
Eles provaram que o cérebro pode continuar criando novos
neurônios para sempre.
Portanto, a velha teoria de que cérebros humanos não podem
construir novos neurônios cai por terra!
Então, por que ocorre o declínio mental?
O que ocorre, na verdade, é que não é o número de células
do seu cérebro que diminui, mas sim o número de células-tronco
cerebrais e os vasos sanguíneos que as alimentam que diminuem.
Os cientistas da Columbia estudaram cérebros doados
por pessoas idosas que morreram de causas naturais. Eles
descobriram que os cérebros dos idosos tinham a mesma
quantidade de novos neurônios que os jovens.
Além disso, eles também encontraram um número menor de
células-tronco inativas, ou "quiescentes", em uma área do cérebro
ligada à resistência cognitivo-emocional.
Trata-se das nossas forças de reserva que alimentam nossa
capacidade de aprender e se adaptar. [...]
“Os cientistas da Columbia estudaram cérebros doados
por pessoas idosas {que morreram de causas naturais”}
(8º parágrafo). Nesse trecho, a oração destacada é classificada
como subordinada:
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Questão #529
Modo Avião
Por Pedro Guerra
01 A brevidade de todas as coisas me assusta. ___ anos falamos sobre a obsolescência
02 programada de produtos que são feitos com prazo de validade, incitando uma recompra, e
03 ultimamente temos insistido veementemente na ideia de que ninguém tem paciência pra nada.
04 Entretanto, mais urgente ainda, parece ser a questão de que hoje tudo é raso e tem uma vida
05 útil tão rápida que mal pode ser chamada de vida. Estamos vivendo em tempos de império
06 absoluto do efêmero.
07 Não faz muito que o conceito de “cancelamento” encontrou o dicionário popular. Fulano
08 comete um erro, beltrano publica (quase sempre na internet), e uma multidão de cicranos
09 massacram fulano até que haja uma nova pessoa para ser perseguida. Porém, este é um ciclo
10 breve, pois ninguém se lembra de quem foi cancelado semana passada porque todo mundo está
11 preocupado em cancelar o assunto do momento. Da mesma forma, ninguém se lembra da
12 subcelebridade que entrou para o hall da fama semana retrasada por algo tão trivial que somente
13 o brasileiro é capaz de dar protagonismo. De tempos em tempos, alimentamos fofocas a ponto
14 de inventar pessoas que não fizeram muito para estar onde estão — algo que tenho chamado
15 de ....eleiro dos Alucinados.
16 A história da passageira que se recusou a oferecer o assento na janela para uma criança e
17 que foi gravada e e....posta na internet é um bom exemplo. Prestes a atingir 3 milhões de
18 seguidores nas redes — a metade do que tem Fernanda Montenegro, por exemplo —, a anônima
19 que virou famosa de supetão colhe os frutos de uma sociedade que inventa heróis para viverem
20 o que não se tem coragem de viver. “Minha meta é ter a calma dessa mulher”, foi um dos
21 comentários mais curtidos no vídeo que viralizou recentemente.
22 A comparação de seguidores de uma subcelebridade cuja fama é passageira com uma atriz
23 com 80 anos de carreira como Fernanda Montenegro não é em vão. Até porque, a diferença é
24 justamente essa: 80 anos de construção de história que serão lembrados por muito tempo. Para
25 Fernanda, prazo de validade não existe — mesmo após a morte, ficará o legado. E o que vemos,
26 então, é um amontoado de pessoas que ganham visibilidade por dancinhas replicadas em massa,
27 rotinas compartilhadas sem o mínimo de fundamento, vivências sendo vendidas como “criação
28 de conteúdo” sendo que o conteúdo é inexistente.
29 Abraçamos o instantâneo porque, afinal, quem tem paciência (ou en....erga vantagens e
30 lucro) em criar um legado que é construído lentamente, mas que é sempre contínuo? Estamos
31 tão imersos no modo avião, desconectados das coisas relevantes e mirando holofotes em
32 referências que passam longe de uma solidez, que a cultura do instantâneo parece ser um
33 acalento, quando na verdade é uma armadilha. Basta ver: viralizar por conseguir dizer “não” é
34 simbólico e sintomático, um resumo impecável das faltas que existem dentro da gente.
(Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/pioneiro/colunistas/pedro-guerra/noticia/2024/12/modo-
aviao-cm4mwzdin019r0126jgaqd169.html – texto adaptado especialmente para esta prova).
Por Pedro Guerra
01 A brevidade de todas as coisas me assusta. ___ anos falamos sobre a obsolescência
02 programada de produtos que são feitos com prazo de validade, incitando uma recompra, e
03 ultimamente temos insistido veementemente na ideia de que ninguém tem paciência pra nada.
04 Entretanto, mais urgente ainda, parece ser a questão de que hoje tudo é raso e tem uma vida
05 útil tão rápida que mal pode ser chamada de vida. Estamos vivendo em tempos de império
06 absoluto do efêmero.
07 Não faz muito que o conceito de “cancelamento” encontrou o dicionário popular. Fulano
08 comete um erro, beltrano publica (quase sempre na internet), e uma multidão de cicranos
09 massacram fulano até que haja uma nova pessoa para ser perseguida. Porém, este é um ciclo
10 breve, pois ninguém se lembra de quem foi cancelado semana passada porque todo mundo está
11 preocupado em cancelar o assunto do momento. Da mesma forma, ninguém se lembra da
12 subcelebridade que entrou para o hall da fama semana retrasada por algo tão trivial que somente
13 o brasileiro é capaz de dar protagonismo. De tempos em tempos, alimentamos fofocas a ponto
14 de inventar pessoas que não fizeram muito para estar onde estão — algo que tenho chamado
15 de ....eleiro dos Alucinados.
16 A história da passageira que se recusou a oferecer o assento na janela para uma criança e
17 que foi gravada e e....posta na internet é um bom exemplo. Prestes a atingir 3 milhões de
18 seguidores nas redes — a metade do que tem Fernanda Montenegro, por exemplo —, a anônima
19 que virou famosa de supetão colhe os frutos de uma sociedade que inventa heróis para viverem
20 o que não se tem coragem de viver. “Minha meta é ter a calma dessa mulher”, foi um dos
21 comentários mais curtidos no vídeo que viralizou recentemente.
22 A comparação de seguidores de uma subcelebridade cuja fama é passageira com uma atriz
23 com 80 anos de carreira como Fernanda Montenegro não é em vão. Até porque, a diferença é
24 justamente essa: 80 anos de construção de história que serão lembrados por muito tempo. Para
25 Fernanda, prazo de validade não existe — mesmo após a morte, ficará o legado. E o que vemos,
26 então, é um amontoado de pessoas que ganham visibilidade por dancinhas replicadas em massa,
27 rotinas compartilhadas sem o mínimo de fundamento, vivências sendo vendidas como “criação
28 de conteúdo” sendo que o conteúdo é inexistente.
29 Abraçamos o instantâneo porque, afinal, quem tem paciência (ou en....erga vantagens e
30 lucro) em criar um legado que é construído lentamente, mas que é sempre contínuo? Estamos
31 tão imersos no modo avião, desconectados das coisas relevantes e mirando holofotes em
32 referências que passam longe de uma solidez, que a cultura do instantâneo parece ser um
33 acalento, quando na verdade é uma armadilha. Basta ver: viralizar por conseguir dizer “não” é
34 simbólico e sintomático, um resumo impecável das faltas que existem dentro da gente.
(Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/pioneiro/colunistas/pedro-guerra/noticia/2024/12/modo-
aviao-cm4mwzdin019r0126jgaqd169.html – texto adaptado especialmente para esta prova).
Assinale a alternativa que apresenta o sentido correto da expressão “de supetão”
(l. 19).
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Questão #814
Leia o texto a seguir:
Produção global de vinho em 2024 pode atingir menor
volume desde 1961
Organização culpou as mudanças climáticas pela brusca queda
Uma estimativa publicada nessa segunda-feira (2) pela
Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) informou
que a produção global da bebida poderá cair neste ano ao nível
mais baixo desde 1961.
De acordo com o relatório da entidade, a brusca queda foi
impulsionada pelas condições climáticas adversas, principalmente
a seca extrema que atingiu diversas regiões do planeta.
"Os desafios climáticos nos dois hemisférios são, mais uma vez,
as principais causas dessa redução no volume de produção
mundial", disse a OIV.
Em relação ao ano de 2023, que foi considerado fraco pelos
profissionais da área, a produção em 2024 deverá cair mais de
2%. Além disso, a quantidade representa uma redução de 13%
em comparação com a média da última década.
Segundo as projeções da OIV, com base nas colheitas de 29
nações que representam 85% da produção anual de vinho, os
números deste ano estão estimados entre 227 e 235 milhões de
hectolitros, o menor volume colhido desde 1961 (220 milhões).
Produção global de vinho em 2024 pode atingir menor
volume desde 1961
Organização culpou as mudanças climáticas pela brusca queda
Uma estimativa publicada nessa segunda-feira (2) pela
Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) informou
que a produção global da bebida poderá cair neste ano ao nível
mais baixo desde 1961.
De acordo com o relatório da entidade, a brusca queda foi
impulsionada pelas condições climáticas adversas, principalmente
a seca extrema que atingiu diversas regiões do planeta.
"Os desafios climáticos nos dois hemisférios são, mais uma vez,
as principais causas dessa redução no volume de produção
mundial", disse a OIV.
Em relação ao ano de 2023, que foi considerado fraco pelos
profissionais da área, a produção em 2024 deverá cair mais de
2%. Além disso, a quantidade representa uma redução de 13%
em comparação com a média da última década.
Segundo as projeções da OIV, com base nas colheitas de 29
nações que representam 85% da produção anual de vinho, os
números deste ano estão estimados entre 227 e 235 milhões de
hectolitros, o menor volume colhido desde 1961 (220 milhões).
No segundo parágrafo, leem-se as expressões “brusca
queda” e “seca extrema”. Os dois termos destacados poderiam
ser substituídos respectivamente, sem prejuízo de sentido, por:
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Questão #390
Marque a sentença que NÃO apresenta ambiguidade.
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Questão #388
Assinale a alternativa em que a classificação da figura de
linguagem presente na frase está INCORRETA.
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Questão #157
No trecho { } em “Há razões que nos
levam a crer que, {quanto mais especializadas uma área
de conhecimento e atuação profissional, mais seus
profissionais encontram algum grau de apoio público,
reconhecimento e respaldo para atuarem”} (linhas 3-7),
observa-se, conforme classificação apresentada pela
gramática normativa, uma relação de
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Questão #685
Quando da tragédia brotam heróis e lições
01 Ninguém seria capaz de imaginar tudo o que viveríamos naqueles dias, há exatamente
02 um ano. O maio de 2024 ficará para sempre na memória de todos os gaúchos – e muito além
03 de nós. O ímpeto implacável das águas, a fúria imbatível da natureza, o pavor incrédulo nas
04 retinas. O caos, tão incontrolável quanto pavorosamente banal, numa calamidade desgovernada
05 de assombrosas surpresas. Notícias trágicas em série, impensáveis, parecendo sair de um filme
06 de ficção sobre o apocalipse. Cenas de desespero e dor. O ruir repentino de tudo o que
07 julgávamos inatin....ível até então. Construções e pontes desabando feito frágeis castelos de
08 cartas. Rios mudando seus cursos e devorando cidades. Morros e florestas vindo abaixo como
09 se derretessem. Histórias e memórias e conquistas sendo apagadas como se fossem nada e
10 nunca. Dias de medo. Dias de mortes. Dias de horror.
11 Mas eis que, da tragédia e das lágrimas que inundam tudo sob fero....es águas barrentas,
12 surgem almas. Braços. Barcos, abraços e corações. Surge a entrega de heróis anônimos, que
13 brotam em abundância de um sentimento de solidariedade jamais visto. Seres humanos
14 iluminados que largam suas vidas para se dedicar ___ ações de solidariedade e resgate. Os
15 integrantes das forças de segurança pública de todo o estado, mesmo as centenas afetadas em
16 suas casas e suas vidas pela tragédia, se lançam ___ missão de salvar vidas. Todas as vidas. E
17 proteger patrimônios. Porque, infelizmente, algumas mentes podres aproveitaram o momento
18 de desespero para roubar e depredar, para cometer violências tão absurdas que uma legislação
19 específica deveria punir, mas de forma exemplar e irrecorrível, por ser esta uma crueldade
20 monstruosa: aproveitar-se e explorar a fragilidade e a dor dos seus semelhantes em meio ao
21 caos.
22 Forças de segurança de outros estados vieram em peso ajudar os nossos. Civis, em
23 grupos ou isoladamente, de todo o Brasil e até do exterior largaram tudo e vieram se engajar
24 na missão de salvar vidas e proteger cidadanias. Cargas de doações incontáveis venceram
25 estradas destruídas e chegaram onde houvesse alguém precisando. A tragédia nos ensinava que
26 a natureza jamais se submete ao homem e pode se rebelar quando bem entender. Mas nos
27 ensinava também que nós, humanos, ainda temos um belíssimo lado bom, que sabe ser solidário
28 e resiliente. Que sabe ter extrema garra, coragem e bravura irmanadas a uma gigantesca e
29 afetuosa dedicação ao próximo. Que sabe renunciar ___ tudo o que é seu apenas para que o
30 outro possa aliviar a sua dor e sorrir. A tragédia nos arrancou pontes, levou casas e plantações,
31 tirou vidas de entes queridos. Mas também fez flore....er, no exemplo daqueles dias fatídicos,
32 um jardim de heroísmo, amor e solidariedade jamais vistos.
01 Ninguém seria capaz de imaginar tudo o que viveríamos naqueles dias, há exatamente
02 um ano. O maio de 2024 ficará para sempre na memória de todos os gaúchos – e muito além
03 de nós. O ímpeto implacável das águas, a fúria imbatível da natureza, o pavor incrédulo nas
04 retinas. O caos, tão incontrolável quanto pavorosamente banal, numa calamidade desgovernada
05 de assombrosas surpresas. Notícias trágicas em série, impensáveis, parecendo sair de um filme
06 de ficção sobre o apocalipse. Cenas de desespero e dor. O ruir repentino de tudo o que
07 julgávamos inatin....ível até então. Construções e pontes desabando feito frágeis castelos de
08 cartas. Rios mudando seus cursos e devorando cidades. Morros e florestas vindo abaixo como
09 se derretessem. Histórias e memórias e conquistas sendo apagadas como se fossem nada e
10 nunca. Dias de medo. Dias de mortes. Dias de horror.
11 Mas eis que, da tragédia e das lágrimas que inundam tudo sob fero....es águas barrentas,
12 surgem almas. Braços. Barcos, abraços e corações. Surge a entrega de heróis anônimos, que
13 brotam em abundância de um sentimento de solidariedade jamais visto. Seres humanos
14 iluminados que largam suas vidas para se dedicar ___ ações de solidariedade e resgate. Os
15 integrantes das forças de segurança pública de todo o estado, mesmo as centenas afetadas em
16 suas casas e suas vidas pela tragédia, se lançam ___ missão de salvar vidas. Todas as vidas. E
17 proteger patrimônios. Porque, infelizmente, algumas mentes podres aproveitaram o momento
18 de desespero para roubar e depredar, para cometer violências tão absurdas que uma legislação
19 específica deveria punir, mas de forma exemplar e irrecorrível, por ser esta uma crueldade
20 monstruosa: aproveitar-se e explorar a fragilidade e a dor dos seus semelhantes em meio ao
21 caos.
22 Forças de segurança de outros estados vieram em peso ajudar os nossos. Civis, em
23 grupos ou isoladamente, de todo o Brasil e até do exterior largaram tudo e vieram se engajar
24 na missão de salvar vidas e proteger cidadanias. Cargas de doações incontáveis venceram
25 estradas destruídas e chegaram onde houvesse alguém precisando. A tragédia nos ensinava que
26 a natureza jamais se submete ao homem e pode se rebelar quando bem entender. Mas nos
27 ensinava também que nós, humanos, ainda temos um belíssimo lado bom, que sabe ser solidário
28 e resiliente. Que sabe ter extrema garra, coragem e bravura irmanadas a uma gigantesca e
29 afetuosa dedicação ao próximo. Que sabe renunciar ___ tudo o que é seu apenas para que o
30 outro possa aliviar a sua dor e sorrir. A tragédia nos arrancou pontes, levou casas e plantações,
31 tirou vidas de entes queridos. Mas também fez flore....er, no exemplo daqueles dias fatídicos,
32 um jardim de heroísmo, amor e solidariedade jamais vistos.
– Considerando o exposto pelo texto-base, analise as assertivas a seguir:
I. Na construção do texto, o autor utiliza o primeiro parágrafo para enumerar os resultados nefastos
da tragédia de maio de 2024, mas no segundo parágrafo passa a apresentar eventos positivos
ocorridos em meio ao caos.
II. Para o autor, a solidariedade que uniu a todos ao longo dos trágicos eventos de que trata o texto
demonstrou que grandes calamidades fazem desaparecer a coragem de praticar ações que
prejudiquem o próximo.
III. Apesar de tudo que se perdeu ao longo dos dias de maio de 2024, o autor aponta a esperança de
dias melhores, que nasceu da movimentação solidária no período, indicando que o ser humano
ainda tem um lado bom.
Quais estão corretas?
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Questão #152
Com relação aos gêneros textuais, o texto
elaborado por João Vitor Rodrigues Loureiro pertence
ao gênero
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Questão #895
Assinale a opção em que as regências nominal e verbal estão
empregadas corretamente.
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